Maratona MST3K (Parte 2/2) – Pod People a.k.a Extraterrestiral Visitors (1983)

pod-people-mst3k-1

Depois de ver “Manos”: The Hands of Fate pelo MST3K, fiquei entusiasmado para ver, no mesmo dia, outro episódio/filme. Só que acho que fiquei meio saturado e cansado da fórmula e de da ruindade dos filmes. Dois episódios, ou seja, 3 horas é muita coisa. Então acabei não aproveitando tanto. MST3K é um ótimo programa para se assistir em grupo numa sexta noite. Ver sozinho é um pouco deprê.

Uma das características de MST3K é realmente pegar filmes que ninguém assistiria por conta própria. Existem clássicos dos filmes B como Plano 9 do Espaço Sideral e Troll 2 que por mais que não sejam tão conhecidos do “grande público”, já possuem certa fama entre o pessoal que curte esse tipo de filme e conseguem por conta própria entreter quem se arrisca a vê-los. Pod People (ou Extraterrestrial Visitors) não é um desses casos.

pod-people-mst3k-2

Pod People é mais um filme caça-níquel do que uma expressão idiossincrática ou artesanal de alguém que de alguma maneira quis fazer um filme por conta própria. Manos, mesmo tendo sido feito na base da aposta possui esse feeling. Já o espanhol Pod People (nome que faz referência a Vampiros de Almas) aparentemente era um filme sobre um grupo de jovens de uma banda de rock perdidos numa floresta e durante a produção os donos da grana resolveram que seria intere$$ante colocar no meio da trama um garoto que fica amigo de um alien para pegar onda no sucesso do E.T. do Spielberg.

Então a trama e as situações são bem genéricas deixando grande parte da responsabilidade nas costas de Joel, Crow e Servo, para fazer os 90 minutos de nossas vidas vendo esse filme valer a pena. O que de certa maneira acontece. As sketches nos intervalos do filme são mais engraçados e exageradas que os no episódio de “Manos” (é claro que Torgo é um personagem difícil de esquecer…). De um modo geral o episódio é mais “quotable” (mais fácil de lembrar e citar trechos de).

pod-people-mst3k-3
pod-people-mst3k-4

A piada de Crow e Servo nos momentos em que os personagens do filme estão procurando por alguém na floresta ou dentro de uma casa me fez rir todas as vezes. Em cada momentos eles inventam nomes aleatórios, mas sempre terminando com “McCloud!”. A música com a letra sem sentido gruda na cabeça e o “It Stinks” que fecha uma cena aleatória em que a banda grava uma canção em estúdio, pelo que li, virou também uma piada recorrente dentro do programa.

É difícil também não gostar de Joel Robinson, o protagonista e criador da série (na vida real Joel Hodgson). Ele tem um jeito de falar e expressão desinteressada que lembra muito a persona que Bill Murray criou para si (quem não viu o vídeo The Philosophy of Bill Murray, veja). O que acaba sendo carismático e nem um pouco forçado. Diferente de muito desses nerds frustrados e de mau com a vida que a gente acaba trombando pelo Youtube e Facebook. Joel Hodgson é um deboísta nato. E depois li que ele era um comediante de stand-up (muito bom por sinal) antes de vender a ideia do programa para a televisão.

Eu ia fazer essa série de resenhas em três partes, sendo a terceira dedicada ao filme Mitchell de 1975, um dos mais famosos, mas acontece que o episódio é bem mais inacessível para nós brasileiros pelas referências à cultura americana, do que todos episódios que vi, incluindo Hercules (1958) e Space Mutiny (1988), dois bons episódios, aliás. Então ficamos por aqui que já está de bom tamanho! Mas e você já viu algum episódio da série?

Deixe um comentário